A C. S.
Não adianta me prometerem
Passagens
Viagens
Lugares
o Eldorado
Minha mente
fixou-se
Num único
canto de gente de todas as gentes
Enraizou-se
no terreno fértil de seu ventre
no terreno fértil de seu ventre
Umidificou-se
na sua boca
Cresceu na sua
mão,
seu substrato.
A História repete-se
Insiste meus sentidos incensar
Não importa
que meu transatlântico
Coração
Enverede-se
para outro continente
Noutras terras
também floresce
o que em mim
Tornou-te bosque.
Talvez dos
lados de lá
Cresçais em mim com mais afinco
E o bonde que
me saúda
A mina
incrustada na montanha
O sol que tomo
nalguma praia
Todos relembram-me:
não adianta fugir
Ou nalguma calçada suspiro
“como
gostaria que aqui ela estivesse!”
Noutros cantos
também se ama
Como aqui se faz
Meu
sentimento transporta-se pelos mares
Rarefeito
Dissipa-se pelo ar.
D'alguma estranha cidade,
Reconheço saudades
D'alguma estranha cidade,
Reconheço saudades
nos edifícios
nunca dantes vistos
e creio no
que digo
“aqui já
estivemos noutra vida”.
Mentira.
Mentira.
Nunca andei
pelos lados de cá
É que no
sangue eu te carrego
E tudo que
enxergo
Em você se reflete
Então, meu amor
O mundo inteiro me parece familiar!
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