sexta-feira, 3 de maio de 2013

bem, bem, bem alto!


Os pedacinhos do meu mundo perderam em graça. Cada aspecto do meu dia, do meu cotidiano, encontra-se agora desajustado com as minhas vontades e com meus pensamentos. Eu estou cada vez mais solitária e escolher entre a solidão ou a companhia de outra pessoa não é uma opção, porque você continua preenchendo todo o meu coração, minha mente, meu corpo.

Doeu ouvir certas coisas - que eu sei que você sequer sabia que causaria isso - como  "você faz planos pra gente e eu só consigo fazer os meus sozinha" ou "não quero ser responsável por sua felicidade". Você pediu a mim que eu não entrasse de cabeça nisso, mas eu te digo uma coisa: tá tarde demais. Desde 25 de novembro de 2011 (já faz um tempinho...) que eu estou totalmente imersa "nisso". Não tem mais volta e eu não tenho mais você ao meu lado, e agora? Agora é cuidar do coração e arrumá-lo de um jeito que ele melhor acomode esse amor que continuará crescendo, mesmo que de longe.

Depois que você se foi da última vez, que realmente viu que não consegue ficar comigo, eu senti mais tristeza que da primeira. Foi como se dessem uns tapinhas nas minhas costas e dissessem "é, agora ela viu que não dá mesmo". Eu me senti meio boba por ter enchido tanto o peito e a cabeça com expectativas boas, felicidade, mas não deixou de ter um lado bom, pois eu vi que não perdemos o jeito e que aquela minha menina continua aí dentro - pode estar meio escondida, é certo, mas ela continua e se me permite dizer, não a perca de si não, mesmo que eu não seja a pessoa certa para cuidar do seu coração, não a perca de si.

Não te julgo pelo seu foco exclusivo em você mesma, por sua concentração em você, mas, apaixonada por você que sou, eu sinto uma saudade(!) daquela de antes, que deixava seus medos pra trás e arrumava um lugar na sua vida pra mim, mesmo tudo sendo tão difícil. Sinto falta de nos sentir transbordando de amor e de te reencontrar muitas e muitas vezes, apesar das despedidas. A vida ao seu lado era bem mais bonita e calma que a de agora.

Eu tive o que julgo ser o melhor de você, porque nunca fui tão amada e tão feliz, talvez seja por isso meu único caminho ser a solidão: eu não vou parar de sentir amor por você. Talvez outra pessoa algum dia fará aquela que me amou tão bonito ser mais imponente que suas vontades individuais de agora, diria a ela pra agarrar com força e não fazer nada feio pra perdê-la, porque ela experimentará uma felicidade mais valiosa que ouro. Diria a ela pra te abraçar forte em toda e qualquer oportunidade e te dar todo carinho do mundo, além de te olhar o maior tempo possível, te beijar e te admirar. Diria a ela para respeitar sua família, amá-los e construir uma com você. Falaria pra ela viajar o máximo de vezes com você, porque você é uma ótima companheira de viagem, e fazer muitos programas ao seu lado, porque você é a melhor namorada. Diria a ela para te fazer mais feliz do que eu fui capaz.

Eu acordo todos os dias com um vazio indescritível dentro de mim, mas apesar disso, esse não é um amor que faz a gente querer se matar, que traz a depressão consigo; não é um amor que faz querer causar ciúmes no outro e provocá-lo com uma vida de mentira. Não. É um amor tão grande que as lembranças têm uma força especial, de trazer pra boca, pro nariz, pra pele a certa sensação do beijo, do cheiro e do corpo.  Esse é um daqueles amores que só se tem uma vez na vida, que a gente lembra quando tá velhinho e esboça um sorriso e uma lágrima no rosto; é amor de rezar baixinho pelo bem do outro e de escutar bem alto as saudades.

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